domingo, 13 de fevereiro de 2011

De volta para casa


Esta será provavelmente a ultima postagem deste blog, o avião ja esta sobrevoando o Ceará, acabei de ver um monte de filme, comi um monte de "porcarito de avião", meus  pés já viraram duas bolas.
Rishkesh é realmente um lugar perfeito para  férias você consegue realmente relaxar a mente com a meditação e ao mesmo tempo mantém o corpo ativo e saudável com muita yoga, caminhadas e comida gostosa e "saudável". Resumindo,  é possível formatar o HD sem ter que apagar todo o conteúdo, rss.
Fica aqui minha sugestão e mais algumas fotos. Bjks e até a próxima
que molecada mais disciplinada...
Parmath: ashram onde assistia algumas das aulas de Yoga, excelentes!
samossa no jornal: café da manhã
vista do quarto no Omkarananda Ashram
Sivanada Ashram

macaquinho fazendo graça depois da aula de yoga " corre, fecha a porta, não deixa o macaco entrar na sala e nem deixe seu sapato do lado de fora, senão vai ficar sem ele.








Um dia em Delhi

vista de Rishikesh

Estava chegando o dia da minha partida e não sabia como fazer, pensei em pegar uma taxi direto para  o aeroporto, até Urmila me convidar para dividir um taxi com ela e irmos para Delhi juntas (nem precisa falar que amei o convite).
No dia da partida acordei cedo fui à meditação e à aula matinal de yoga depois pegamos o taxi e pronto... 8horas e 30 minutos de viagem (ufff). Como cheguei quase de noite, não deu para fazer muita coisa, então sai para comprar alguns temperos e voltamos para casa, ai sim conheci um tipico lar indiano e como não podia faltar "típico jantar em um lar indiano". Este foi outro capitulo muito especial. O jantar já servido eu tinha que me servir antes de todos e por ultimo a dona da casa, mas nem por isso ela mandava menos, como em toda parte do mundo, adivinha quem manda na casa na India(rss)? Logo depois do jantar tivemos uma pequena satsanga, pois é ali mesmo na mesa: "consciência, ego, alimentação vegetariana, apego, até mesmo agricultura orgânica (rss)" ótimo para a digestão e uma boa noite de sono.
Na manhã seguinte nem  tão cedo, pois a parte da manhã para os indianos começa depois das 9. Não que eles durmam tanto, mas a questão é que cada casa tem um altar ou mesmo um cômodo inteiro (sala de puja ou devoção) dedicado a Deus e todos os dias antes de fazer qualquer atividade a familia realiza o puja (oferenda podem ser flores, frutas, grãos) a  Deus, fazem suas orações e só depois que vai se pensar em comer e outras atividades.

Em Delhi não deu tempo para passear muito, visitei o Templo de Lotus e o Templo Hindu. Dentro dos templo é claro: sem sapatos e sem fotos.


Templo de Lótus: todo em mármore e concreto, um templo sem religião, somente você e Deus

Estátua de Shiva na entrada de Haridwar, uma cidade de peregrinação

Segurança no trânsito...

Olha o tamanho desta placa!!!!!

Templo de Akshardham (maior templo hindu) : de novo sem sapatos e sem fotos, uma obra maravilhosa de devoção,

Jardins do templo de Lótus

As aulas de Yoga


Este é um capítulo a parte, minhas aulas de yoga e minha professora da yoga. Urmila, indiana, 70 anos, mora metade do ano na California e a outra metade aqui em Rishikesh. Ritmo de aula totalmente diferente do Brasil posturas paradas  e dinâmicas executadas junto com exercícios repiratórios (pranayamas) e mantras ( que voz linda). Eram quase 2 horas de aula e no final me sentia com muita energia (mas dava uma fome, vixxxi). Não demorou eu e minha companheira de ashram (pois é fiquei uns dias em um ashram lindo com "ganga view") fomos conversar com ela sobre a prática. Rumiana, a bulgariana que estava morando na Siria e agora vai passar 5 meses na India e agora esta dividindo um quarto comigo, procura uma boa escola de formação de professores de yoga, enquanto eu quero dar um "upgrade" na minha prática e nas minhas aulas. Gostei quando ela foi direta: " Procure vários métodos e no final construa a sua própria prática". Tive que  concordar plenamente com ela, cada individuo esta em um estágio diferente de evolução então não basta ficar estático em um unico método e com o passar dos anos e de prática, logicamente as necessidades vão mudando.
Só sei que nós tres ficamos amigas e entre uma aula e outra eram passeios na margem do Ganga discutindo filosofia, yoga, comida (sempre, rss), relacionamentos e tudo mais.  Urmila e Rumiana são dois pássaros soltos enquanto eu, tenho meu ninho então as discussões iam longe...
Fiz aulas em mais dois lugares: Niketan e Parmatha. Professores muito bons, métodos diferentes, na verdade poderia comparar Rishikesh a uma Dineyland yogue, pois para onde quer que vc vá tem sempre uma satsanga, uma aula, algo que vai de uma forma ou outra você vai utilizar para crescer na pratica da yoga.
mais energia: falafel com hamus e salada crua, nos últimos dias eu estava mesmo abusando da sorte, rss
Masala Dosa: é grande mas é fino, não se iluda
nós no Templo de Shiva (dentro não pode fotografar) o sino é para avisar para Deus:  "Estou chegando!"

sempre tentando entrar nas aulas...

para repor as energias caldo de cana com gengibre e limão, tudo limpinho com a agua do ganga, delícia...










sábado, 5 de fevereiro de 2011

Uma vez na Índia...

Cada vez vou me adaptando mais aos hábitos locais. A verdade é que quando cheguei fiquei um pouco chocada mas agora... Ao lado estão algumas das estripulias gastrômicas que fiz. Tem a barraquinha de tchai (sempre tomo um antes da aula de yoga, dá o maior pique), o almoço em um restaurante que a uns dias atrás eu tinha receio até de passar na porta, a samossa embrulhada no jornal (café da manhã, delícia, pimenta pra chuchu), o lassi de mamão e limão (surpreendente!) e finalmente o pancake integral com frutas, mel e coalhada (campeão!!!!).
Tudo devidamente servido com as mãos e claro utilizando a água do Ganga no preparo e na limpeza dos utensílios.
Já que estou comendo como uma indiana, resolvi fazer uma massagem que utiliza sacos ensopados em óleo de gergelim quente e vão batendo isto pelo seu corpo todo e o Shirodahara. Este achei tão bom que resolvi aprender, pois é, estou fazendo o cursso aqui em Rishikesh. Consiste em um fio de óleo de gergelim aromático sendo delicadamente aplicado na testa durante 45 minutos, depois uma vigorosa massagem no couro cabeludo e pescoço, a sensação é incrivel.
Esta é uma das minhas instrutoras e esta a sala onde é feito o shirodahara e o recipiente onde se coloca o óleo.
Para não falar também que estou muito alienada por aqui, sabe como é ...meditação, ioga, massagem, mais ioga e mais meditação, eu todos os dias leio o jornal local para ficar por dentro dos acontecimentos

estou sempre bem informada
O que descobri por aqui é que a história da Liz Gilbert (Comer, amar e rezar), não é nada original e já escutei várias versões e com diversos sotaques. Umas vem para buscar, outras já encontraram e estão voltando, tem as que nem sabem como vieram para por aqui e tem eu, de tudo um pouco. Vou indo e deixando algumas fotinhos. Bjks e Hari Om!

sempre que estou perdida tem uma placa de orientação por perto

vaca nanica para todo lado, só não sei o que elas comem


1000 rupias = 40 reais, tô rica, rss



primeiros socorros
mudras na imigrãção do aeroporto Indhira Gandhi (ainda não aprendi a desvirar, mas...)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O caminho do meio

Depois de alguns dias consegui fazer uma rotina, mesmo que por alguns dias isto se torna necessário. Acordar cedo é lei, pois 5 horas da manhã tem a meditação matinal no ashram e das 8:30 às 10:00 aula de yoga (esta é maromba).
Às 10:30 tem satsanga no Prem Baba, este foi o Guru brasileiro que conheci por aqui, por sinal bastaante respeitado e muito querido e como dizem "very sweet". O clima no Prem Baba é bem diferente do Sivananda, pessoas mais jovens e um jeito mais brasileiro e descontraído, enquanto no Sivanada, mais tradicional, clima mais austéro. As diferenças terminam por ai, ambos falam de como se deve abrir mão de vícios e prazeres inferiores e ter o pensamento sempre em Deus para se conseguir uma realização espiritual.
O que fica difícil é manter a mente focada na prática espiritual e yoga com tantas atrações, compras e guloseimas (melhores até que a de Paris!). Ontem fiz um pacto comigo mesma de que não compraria nada, somente as refeições, olha... foi um desafio e tanto. São batas, jóias, pashiminas, sarees e se caisse uma bomba aqui em Rishikesh seriam destruídos 90% dos bichos grilo do mundo e 99% do arsenal mundial do estilo "hippie de boutique". Acho que este esta sendo meu maior desafio aqui: as compras!
 Na foto acima dá para ver os japa mala e pulseiras que estou levando sendo banhados no Ganges (aliás, aqui ainda é limpo e gelado!!!!)
bolo de chocolate 70% com mel no Honey Nuts, Adeus Sadhana!


Hora do almoço: vegetais com curry, espinafre com queijo e arroz com legumes, quem não curte pimenta esta perdido por aqui

lenha: bosta de vaca+capim+seca no muro

 Como não poderia faltar por aqui como em toda parte do mundo deve ser, tem brasileiro para todo lado, no Prem Baba então... nem se fala, só dá Brasil. Na verdade, com exceção da passagem, passar férias aqui é super barato. Difícil é falar que não vai voltar, bjks!

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sábado, 29 de janeiro de 2011

Descobrindo Rishikesh

Sexta - feira, fui na minha primeira satsanga aqui. A reunião é feita no salão principal do ashram, que é decorada retratos pintados do Sivananda e nestas fotos escritas algumas das suas lições e bem em cima do altar escrito "BE GOOD" e "DO GOOD". É realmente um lugar incrível para se meditar, a energia, a paz das pessoas a sua volta tudo favorece uma interiosrzação dos sentidos. A parte mais impensável é saber que toda esta paz esta no meio da maior baderna do mundo.

Ainda não consegui fazer uma refeição completa. Peguei o requishaw para ir ao restaurante e de repente um dos homens que estava la dentro, deixou cair um saco com uma sopa, até cheirosa. A sopa começou a escorrer pelo chão e nisso já veio o amigo dele correndo com um prato e recolheu tudo do chão e entraram em um restaurante e mandaram ver (na sopa). Bem, eles não perderam a sopa, mas eu perdia a fome.
A comida e a baderna são apenas detalhes, mas agora mando os modelitos e um pouco da "pasticerrie" hindu. BJKs!




A satsanga é uma reunião onde se entoam mantras e o swami faz uma preleção. Ainda não me acostumei com o inglês deles mas ele começou falando sobre um mestre e seu empregado. O metre chama a atenção do empregado sobre as plantas daninhas que estão crescendo no canteiro e ele repete isso por 2, 3 dias, até que um dia a daninha tomou conta e o canteiro se perdeu, parecia até minha mãe falando, rss. Depois falou um pouco sobre a inveja e o efeito nefasto na atmosfera do planeta, pior que o efeito estufa. Explicou que a inveja não afeta somente o invejoso, mas todo planeta. Na verdade queria ter entendido toda a preleção mas não sei qual inglês é pior, o meu ou o deles.

Bóia em Paris

Nossa... como se sofre... rss
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